domingo, 25 de outubro de 2009

FREI GALVÃO - O PRIMEIRO SANTO BRASILEIRO


25 de Outubro

Santo Antonio de Sant'Anna Galvão

Frei Galvão

1739-1822



Graças a Deus, no dia 25 de outubro de 1998, na praça de São Pedro, houve a Solenidade presidida pelo nosso amado Papa João Paulo II, onde o conhecido Frei Galvãoo foi no Vaticano elevado à honra dos altares pela Igreja Católica. Este fato tão marcante para nós brasileiros, pois foi o primeiro Beato que nasceu, viveu e morreu no Brasil.Além da sua autentica história, o que diferencia o Beato Frei Galvão de outros amados Beatos, que viveram no nosso Brasil, é justamente a origem , já que o apóstolo do Brasil, Padre João de Anchieta, e a conhecida Madre Paulina, eram naturais de outras nações.Frei Galvão que vive na Pátria Celeste, era paulista nascido em 1739, no Vale do Paraíba, na cidade do interior, Guaratinguetá, pertencente a uma família nobre de 11 filhos, era filho de Antônio Galvãoo de França de origem portuguesa e Izabel Leite de Barros natural de Pindamonhangaba, também interior de São Paulo.Com 13 anos, o esperto e simpático menino Galvão, foi enviado para estudar na Bahia, onde num colégio interno dos Jesuítas, recebeu a última formação intelectual e religiosa.Beato Galvão que perdeu a mãe que tinha apenas 38 anos, superou as dores, com força madura prosseguiu e mais tarde com 21 anos, obedecendo o chamado de Jesus, entrou na família Franciscana para ser sacerdote. Recebeu no Rio de Janeiro a ordenação, mas os 60 anos de contínua luta pela santidade e salvação das almas, passou na cidade de São Paulo.O apostolado começado em 1768 na atual grande São Paulo, que possuí­a uma população de aproximadamente 5 mil habitantes, teve como marco, o grande ardor pela santificação dos outros que amava sem distinção. Frei Galvão que imitando o pai São Francisco, deixou para tráz os bens materiais de direito, estendeu sua evangelização para as cidades do interior de São Paulo, como Sorocaba, Itú, Mogi das Cruzes e outras localidades, que dispensando o cavalo percorria a pé em sinal de humildade. Homem de oração e poeta, era um adorador de Jesus Sacramentado, confiava profundamente em Deus providente e se declarava escravo da Virgem Imaculada. Culto e de grande amor aos pobres possui­a virtudes, dons e carismas do Espírito, Frei Galvão passou assim, por nossa Pátria, fazendo o bem.Em 1774 fundou em São Paulo o Mosteiro da luz, local de recolhimento para freiras enclausuradas da Ordem das Concepcionistas. Este mosteiro que ainda tem aparência são lida e despojado, tal qual seu projetor e construtor, revela que Galvão possui­a mão de ótimo arquiteto, tanto assim que a conhecida estação da luz presente no bairro da Luz em São Paulo, deve o seu nome a esta bela construção.Historicamente sabemos que a santidade de Galvão incomodava as injustiças de muitos, tanto que aconteceu em 1880 sua expulsão de São Paulo por um governador da capitania, porque o respeitado e influente Frei, opunha-se a ordem de condenação à forca de um soldado que enbriagado havia esbofeteado o filho do governador também babado no momento da briga ( ? ). Diante de uma rebelião a favor do santo que já em vida, alcançava de Deus milagres ao sofrido povo, pobre e escravo, o resultado acabou com a volta de Frei Galvão e a demissão do governador.Pregado na cruz da doença, passou Frei Galvão a morar num cubículo de chão de terra e paredes esburacadas, atrás do altar da Igreja da Luz, que o próprio tinha projetado, atanto que em 1822 entregou nas mãos do Pai o espírito. Com carinho a Igreja analisou por 49 anos os relatos de 24 mil graças obtidas por intecessão do Santo Frei, e um milagre reconhecido pelas autoridades da Igreja, ocorrido em 1940, onde, uma menina de 4 anos foi curada de um quadro agudo de hepatite A. Sem dúvida a beatificação deste homem da caridade e da paz, é um dos fatos mais importantes deste fim de milênio para a Igreja Católica do Brasil, uma vez que no ano 2000 serão comemorado os 500 anos de evangelização da Terra de Santa Cruz (como de primeiro chamada). Beato Frei Galvão que nasceu na riqueza e morreu na pobreza deixou como testemunho para nós um grito em 1822."Independência do Sistema do Mundo!" Assim ao viver o Evangelho pelo Espírito na nossa Pátria, ainda marcada pelo pecado, morte e falta de moradia, apontou para a Pátria da Vida, a Pátria Celeste, onde todos temos uma morada que nos espera".

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